Por Luciana Ribeiro
Jornalista e tecnóloga em Gestão Ambiental
olhaobicho@faunanews.com.br
Nomes populares: gato-do-mato, chué, gato-lagartixeiro, gato-macambira, gato-maracajá, gato-maracajá-mirim, maracajá-i, mumuninha, pintadinho
Nome científico: Leopardus tigrinus
Estado de conservação: “vulnerável” na IUCN e “em perigo” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O gato-do-mato é mais uma espécie que tem sua existência ameaçada. Classificado como “em perigo” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e como “vulnerável” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o felino é mais uma vítima da perda de habitat e da caça.
Encontrado em todo o território nacional, o gato-do-mato tem visto sua área de ocupação ser bastante reduzida, principalmente no Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. A transformação do habitat natural da espécie em plantações e pastagens faz com que as populações remanescentes estejam bastante fragmentadas.
Ainda que esse pequeno felino possa ser encontrado em áreas agrícolas, ele precisa dos cada vez mais raros remanescentes de vegetação natural para sobreviver.
Além disso, sua bonita pelagem em tons castanhos com pequenas rosetas é um atrativo para o comércio de peles, o que torna o gato-do-mato vítima de caçadores.
A espécie é a menor entre os felinos do Brasil, com um tamanho parecido com o dos gatos domésticos. Tem um comprimento de cabeça e corpo de cerca de 50 centímetros, uma longa cauda com mais da metade dessa medida e pesa em média 2,5 quilos.
Apesar de, por padrão, ser um animal mais noturno, o gato-do-mato apresenta também um alto grau de atividade diurna. Há evidências de que ele altera esses padrões para evitar encontros com jaguatiricas (Leopardus pardalis), que é um predador potencial. Já quando assume o papel de predador, esse pequeno carnívoro se alimenta roedores, aves e répteis.
Como todo bom felino, tem hábitos solitários. Seu período de gestação é de cerca de 75 dias e os nascimentos se dão em qualquer época do ano. A média é de um filhote, mas pode chegar a quatro por gestação.
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