Filhote de tamanduá atropelado sobrevive: que sorte e que azar

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
26 de junho de 2012
Ontem, o Fauna News publicou um vídeo de um bicho-preguiça atravessando uma rodovia no Espírito Santo. O animal teve sorte ao cruzar o caminho de motoristas atentos que conseguiram parar seus veículos e, pacientemente, aguardaram a lenta travessia. Caso raro!

Encontrei outro caso raro:

“Um filhote de tamanduá-bandeira de cerca de 4 meses foi resgatado em uma estrada na cidade de Sacramento, no Alto Paranaíba, sob o corpo da mãe morta, vítima de atropelamento. O veterinário Cláudio Yudi, do Hospital Veterinário de Uberaba, no Triângulo Mineiro, recebeu o filhote na última terça. Ele foi encontrado na noite de segunda-feira por uma pessoa que passava pela estrada e acionou a Polícia Militar de Meio Ambiente, que acionou a clínica. “Fiz os exames ontem e ele estava muito bem, andando. No começo estava um pouco arredio”, explica o veterinário. O filhote, um macho, foi alimentado com leite artificial enriquecido com vitamina K, presente nos insetos dos quais a espécie se alimenta.” – texto do jornal Estado de Minas, publicado em 20 de junho de 2012 (quarta-feia)

O pequeno sobrevivente
Foto: L. Adolfo/Futura Press

Que sorte teve esse filhote de, agarrado à mãe, nada sofreu com o atropelamento.

Que azar teve esse filhote que, sem a mãe para ensiná-lo a viver na natureza com autonomia, tem grandes chances de ficar o resto da vida no cativeiro. Não morreu fisicamente, mas está praticamente morto ecologicamente, já que não poderá cumprir suas funções no ecossistema em que vivia.

– Leia a matéria completa do Estado de Minas
– Assista ao vídeo do bicho-preguiça atravessando a rodovia no Espírito Santo

Será que ele volta à vida livre?
Foto: Cláudio Yudi
Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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