Fazendo pose com o cadáver da “rainha dos ares”, a harpia

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
28 de outubro de 2011

Encontrei a foto acima no Facebook. É uma daquelas imagens que causam indignação e em que todo mundo “posta” um comentário ou clica no CURTIR para expressar sua revolta. De acordo com o texto no Facebook, a imagem foi captada por um biólogo em Aripuanã, município do Mato Grosso situado perto da divisa com o Amazonas. Os rostos já estavam cobertos na rede social. Na foto é possível ver a data: 31 de julho de 2010.

As circunstâncias da morte dessa harpia (Harpia harpyja) não foram citadas no texto do Facebook. Aparentemente, pelos comentários, a ave não morreu acidentalmente. O animal deve ter sido morto por ação humana.

Mesmo se não tivesse sido morta por homens, precisava posar com o cadáver para foto? Comentar o quê?

Sobre a harpia:

“A harpia vive na Amazônia, no Pantanal e na Mata Atlântica. Da ponta de uma asa a outra, chega a medir até 2,2 metros. O macho pode atingir seis quilos e a fêmea, a dez. Seu hálux, a garra maior, alcança sete centímetros, superando o do urso-marrom americano. Com toda essa força e tamanho, as suas presas são quase sempre macacos e preguiças, que podem ter o peso igual ao do predador. Ela é conhecida também como uiraçu, gavião-preguiça e gavião-neném. Mesmo com tamanha imponência, trata-se de um animal vulnerável. “Como a espécie está no topo da cadeia alimentar, qualquer alteração no ecossistema pode afetá-la”, diz Rosa (fotógrafo João Marcos Rosa). “Uma diminuição na população de macacos ou preguiças, por exemplo, pode fazer com que falte alimento.”

 
Pesquisador segura o hálux, a maior garra da harpia
Foto: João Marcos Rosa


A degradação do hábitat é a maior ameaça ao gavião-real. A ave é considerada de “criticamente ameaçada” a “provavelmente extinta” nos Estados com Mata Atlântica. Na Amazônia, porém, parece estar resguardada, segundo a coordenadora do Programa de Conservação do Gavião- Real, Tânia Sanaiotti.”
– texto da matéria “A rainha dos ares” da edição 2103, de 26 de fevereiro de 2010, da revista Isto É

– Leia a matéria completa da Isto É

Foto: João Marcos Rosa
Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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