Por Andréia Nasser Figueiredo¹, Daniel Campesan² e Larissa Ferreira³
¹Bióloga, mestra em Ecologia e Recursos Naturais e doutora em Ciências, ambos na área de Educação Ambiental. É cofundadora e educadora ambiental na Fubá Educação Ambiental e atua no grupo Escola da Floresta – Sítio São João e no Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas)
²Gestor e analista ambiental pela Universidade Federal de São Carlos. Educador da Fubá Educação Ambiental
³Gestora e analista ambiental graduada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).Educadora da Fubá Educação Ambiental e colaboradora do Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia – NAPRA
educacaoambiental@faunanews.com.br
O mês de julho está perto do fim e com ele o recesso escolar em grande parte dos Estados. Se não fosse a pandemia, provavelmente esse seria um mês de grande demanda para educadoras e educadores ambientais de espaços não escolares, tais como zoológicos, aquários e unidades de conservação. Como os tempos são outros, restou a esses espaços a readaptação dos trabalhos e da forma de se comunicar com o público. Uma saída interessante encontrada foi a união de vários desses espaços para a elaboração de um curso on-line.
Este ano está acontecendo a segunda edição do curso de férias Instituições de Conservação Unidas pela Educação. A Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) resgatou o acordo de cooperação técnica firmado com o ICMBio em 2018 para trazer a temática das espécies ameaçadas de extinção. No total, foram escolhidas dez espécies para serem trabalhadas ao longo do evento, sendo produzidos materiais de sensibilização e educação ambiental, tais como vídeos, jogos e atividades educativas para impressão.
Mais de 20 instituições, do Norte ao Sul do país, dentre zoológicos e aquários, estão fazendo parte do curso de férias. O curso está sendo criado por todas essas instituições, com a mediação do Comitê de Educação Ambiental e da Secretaria da AZAB. Conversamos com a Samantha Pereira Lima Bittencourt, bióloga integrante do Comitê de Educação Ambiental e do Parque Zoológico Municipal de Bauru, para mais detalhes sobre o evento.
Segundo Samantha, “a unificação de várias instituições que trabalham com conservação para a realização desse curso potencializa as atividades de educação, pois cada instituição que está participando se disponibilizou a realizar uma ou duas atividades com essas espécies eleitas”. A bióloga compartilhou que estão conseguindo uma grande quantidade de materiais educativos para disponibilizar gratuitamente não só para o público geral, mas também para as educadoras e educadores dos espaços escolares e não escolares. Ela relembrou que “as atividades podem ser feitas durante esse período de férias, mas o mais importante é que, pelo fato de serem on-line e ficarem publicadas nas páginas oficiais da AZAB, podem ser feitas durante o ano e em atividades presenciais quando pudermos atender as crianças fora do período de pandemia”.
Samantha também mencionou que essa readaptação causada pela pandemia na área educativa exigiu uma dedicação extra das equipes educadoras. “Todas as pessoas (das instituições) estão se dedicando e surpreendendo com as atividades educativas e, muitas vezes, se superando, pois nós temos que entrar em outras áreas de atuação como a gravação e edição de vídeos, que muitas vezes não fazem parte da nossa formação de educador(a)”.
Todo esse esforço pode ser visto nas diversas atividades já postadas. Você pode acessar pelo site da AZAB. O curso acontece até 1º de agosto, mas, como citado, ficará disponível. Aproveite o finalzinho de julho e prestigie o trabalho das educadoras e educadores dos zoológicos e aquários brasileiros.
– Leia outros artigos da coluna EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Observação: as opiniões, informações e dados divulgados
no artigo são de responsabilidade exclusiva de seu(s) autor(es)
