
“Uma correspondência inusitada foi encontrada na tarde de ontem no Centro de Triagem dos Correios em Valinhos: Uma cobra. O animal estava em uma caixa do Sedex (Serviço de encomenda da linha expressa) com endereço de remetente da Bahia, tendo como destino a cidade de Araras. O caso vai ser investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
De acordo com os Correios, o objeto postal seria entregue por uma das unidades de distribuição de Campinas e, após suspeita, foi encaminhado para verificação por aparelho de Raio-X no Centro de Entrega de Encomendas, em Valinhos.
Assim que a jiboia foi detectada, a Guarda Ambiental foi acionada para fazer a apreensão do animal. De acordo com Macedo, coordenador da Guarda Ambiental, a pessoa que enviou a correspondência e a que receberia podem responder por crime de tráfico de animais.” – texto da matéria “Correios encontra cobra em Sedex”, publicada em 28 de agosto de 2015 pelo site do jornal paulista Todo Dia
A utilização dos Correios como meio de entrega de répteis traficados é comum. Quando não são cobras, são iguanas ou pequenos lagartos. Muitas vezes, são negócios fechados pela internet em redes sociais, ambiente que tem sido muito utilizado pelo mercado negro de fauna.
Infelizmente, os órgãos de fiscalização e controle pouco atuam no combate ao tráfico de fauna nas redes sociais. Os Correios já começaram a monitorar melhor as encomendas que transporta, tanto que cada vez mais casos têm sido registrados.
Chama a atenção o fato da aparente facilidade encontrada pelos infratores para postarem esses animais. Normalmente, os bichos são localizados nos centros de triagem e distribuição dos Correios, indicando que eles passaram pelos funcionários das agências que os recebem.
Atenção Correios: está na hora de treinar melhor os funcionários que recebem as encomendas nas agências e aprimorar os procedimentos nessa fase inicial de atendimento ao público.