
“121 aves da fauna silvestre foram apreendidas com traficantes de animais na zona sul da Capital/SP, na manhã de domingo (21).
No local foram encontradas várias armadilhas do tipo alçapão para captura e recipientes para o transporte das aves.
Os pássaros apresentavam diversos sinais de maus tratos, como a privação de água, alimentação, e o acondicionamento em compartimentos minúsculos e sujos.
A equipe constatou ainda que um dos autores era foragido e procurado pela justiça pelo crime de roubo. Ambos foram conduzidos à delegacia e autuados, no montante total de R$ 455 mil. O procurado permaneceu detido o outro homem foi ouvido e liberado.
As aves foram conduzidas ao Parque Ecológico do Tietê, onde receberão cuidados para se readaptarem a vida em liberdade.” – texto do post publicado em 22 de junho de 2015 na fan page do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo no Facebook
O 1º Batalhão ainda informou ter agido após receber denúncias e que o imóvel fica na Vila Gilda, região do Jardim Ângela, na periferia da zona sul de São Paulo. O local era usado como depósito dos animais, mas também funcionava como um ponto de vendas – apesar de os infratores comercializarem as aves por toda a região.
Dentre as diversas espécies de aves, havia um caboclo-frade, seis pixoxós e um azulão, que estão ameaçados de extinção. Espera-se que os policiais civis da seção de Meio Ambiente do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC) investiguem para valer a dupla de infratores para tentar identificar possíveis fornecedores e as áreas de captura onde atuavam.
Na cidade de São Paulo e em alguns municípios de sua Região Metropolitana, como Diadema e Guarulhos, há muitas feiras onde ocorre o tráfico de fauna e imóveis que funcionam como depósitos de animais silvestres. Na capital paulista, é mais do que conhecida a feira da Vila Mara, na zona leste. E o comércio ilegal de bichos ali é bastante combatido pela PM Ambiental.
Mas o tráfico de animais silvestres não sofrerá grandes impactos apenas com repressão. Já passou da hora de o poder público investir em educação ambiental, conscientizando a população dos riscos à sua saúde, dos danos ambientais e da crueldade envolvidos nesse comércio criminoso. A polícia, sozinha, não conseguirá resolver o problema.
Enquanto houver gente comprando animais silvestres, haverá gente vendendo. É igual ao tráfico de drogas: enquanto houver usuários, haverá traficantes de entorpecentes – tanto que os governos do mundo inteiro já investiram fortunas com repressão e não resolveram o problema.
– Leia o post do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo no Facebook
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