Cuidar só não basta, tem que educar

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
24 de abril de 2014
“As vítimas dos traficantes de animais silvestres – ou maus-tratos domésticos – encontram um abrigo na ONG Asas e Amigos, de Juatuba (MG), perto de Belo Horizonte. Há 20 anos, a entidade recebe esses bichos e, quando pode, devolve-os ao ambiente natural. Só no ano passado, a Asas e Amigos recebeu 200 animais silvestres encaminhados pelo Ibama. Deles, quatro tucanos e uma onça foram reinseridos em seu habitat natural, 60 permaneceram na ONG por estarem debilitados e os outros não sobreviveram.

Marcos alimentando filhote de tamanduá-mirim
Foto: Asas e Amigos no Facebook

Marcos de Mourão Neto (na verdade, Marcos de Mourão Motta – correção do Fauna News), criador da ONG, é veterinário há 24 anos. Ele diz que para cada 10 animais enviados pelo Ibama, apenas dois sobrevivem por estarem muito debilitados por conta de machucados ou mesmo estresse. “Tenho 528 animais. Mas pelo menos 2 mil passaram por minhas mãos”, diz.” – texto da matéria “Um abrigo para animais silvestres maltratados”, publicada em 23 de abril de 2014 pelo Blog do Planeta do site da revista Época

Chama a atenção a proporção de animais que morrem após a apreensão: de cada 10 enviados pelo Ibama, apenas dois sobrevivem. E isso ocorre porque tem gente que gosta de criar silvestres como bichos de estimação. A culpa dessa mortandade toda é também do comprador!

Para abastecer esse mercado movido pelo desejo das pessoas em ter um silvestre como pet (é passarinho na gaiola, papagaio no poleiro, macaco na corrente e por aí vai), traficantes são capazes de tudo. Inclusive de maltratar os bichos (como transportá-los em pouco espaço, sem comida, água e ventilação, e dopá-los ou machuca-los para que não seja emitido barulho ou haja reação) e sequer se preocupam com o estresse.

É por isso que Marcos agora investe em educação ambiental.

“Agora, Marcos está investindo em uma área especial dentro do sítio para os projetos de conscientização ambiental. O objetivo é ensinar crianças do ensino fundamental sobre a importância do cuidado com a natureza e os animais. A estrutura é capaz de receber até 40 pessoas.” – texto do blog

Só com redução de demanda é que o tráfico de animais silvestres terá alguma redução sensível. Enquanto houver gente para comprar, haverá gente vendendo.

– Leia a matéria completa do Blog do Planeta

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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