Crimes contra a fauna, fiscalização e conscientização pela Polícia Ambiental da Paraíba

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
08 de maio de 2014
“O Batalhão de Polícia Ambiental da Paraíba (BPAmb) realizou, nos primeiros quatro meses deste ano, 489 autuações em todo Estado. O número representa um aumento de 2,73% das ocorrências com relação ao mesmo período de 2013, graças ao trabalho preventivo e fiscalizador da corporação.

Crimes contra a fauna não diminuirão sem educação
Foto: Walter Paparazzo/G1

A maior parte desses crimes e infrações está concentrada nas regiões metropolitanas e suas cidades circunvizinhas, especialmente nas feiras livres. Em 21,6% dos casos, são ilícitos contra a fauna, poluição sonora e falta de licença ambiental.

(…) Trabalho educativo – Para combater os crimes ambientais e apoiar as ações ostensivas, o BPAmb também intensifica as atividades preventivas. Um desses exemplos é o trabalho de mobilização da população. Ele é feito a partir das faixas etárias mais jovens, com a realização de palestras educativas em escolas e eventos educacionais.” – texto da matéria “Polícia registra quase 500 denúncias de crimes ambientais este ano”, publicada em 6 de maio de 2014 pelo site PBAgora

Dá para perceber que a Polícia Ambiental da Paraíba já admitiu que somente fiscalização e repressão não vão reduzir a quantidade de crimes ambientais, em especial contra a fauna. Tanto que, mesmo não sendo sua obrigação, a corporação realiza atividades de educação ambiental.

Por mais operações a atendimentos de solicitações e denúncias que a polícia realize, crimes como o tráfico de animais e a manutenção sem autorização de silvestres em cativeiro doméstico vão continuar acontecendo. Pior: sem a conscientização da população das graves consequências para os ecossistemas e para a saúde pública (com a transmissão de doenças) esses números vão continuar aumentando.

Os policiais podem continuar fazendo palestras e eventos educacionais, mas a ação é pouca. Cabe a outros setores do poder público, como secretarias de Meio Ambiente e de Educação, se envolver para disseminar em massa um trabalho de longo prazo para a redução de crimes contra a fauna.

Caso contrário, é como dizem: a fiscalização vai enxugar gelo.

– Leia a matéria completa do PBAgora

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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