Comedouros para aves: uma ferramenta aliada à conservação

A melhor época de instalar comedouros nos jardins de nossas casas é agora, no outono-inverno. É uma forma de garantir alimentos para as aves, que nesse período são mais escassos na mata, e de poder contemplar a beleza desses seres, ouvir seus cantos, mantendo-os em liberdade.

Engaiolar vidas é uma tradição antiga, porém desnecessária para ter esses belos seres alados perto dos nossos olhos e ouvidos. No Brasil, temos o privilégio de ter por volta de 20% das espécies de aves conhecidas do mundo.

A ideia de ter comedouros já foi muito criticada por ornitólogos e pesquisadores, alegando que, ao facilitar o acesso aos alimentos para aves de vida livre, alteramos o comportamento delas, podendo causar um desequilíbrio natural, já que as aves perderiam seus instintos de busca de alimentos. Porém, hoje em dia acredita-se que esse reforço alimentar não interfere nos hábitos das aves e é incentivado até dentro de unidades de conservação.

Existem muitos tipos de comedouros: em formato de casinha com teto, com prato de plástico ou madeira, com uma peneira de areia ou simplesmente uma bancada. Todos os modelos são bons. Importante é estar atento a alguns cuidados para não prejudicar as aves:

1 – manter a higiene: limpar e trocar a alimentação todos os dias;
2 – escolher um local que ofereça segurança: ter certeza de que animais domésticos ou outros possíveis predadores não irão atacar as aves;
3 – dar preferência em oferecer frutas diversas e evitar sementes, principalmente girassol: sementes, no geral, são muito oleosas, podendo afetar o fígado das aves, principalmente da família dos psitacídeos.

Observar um comedouro de aves, além de ser prazeroso, se torna uma maneira de sensibilizar pessoas, principalmente crianças. É uma excelente ferramenta de educação ambiental que também pode ser utilizada em escolas, praças e parques, desde que seja possível colocar em prática as recomendações acima.

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