… com o Papa Francisco: o homem como culpado da maioria das extinções.
“32. Os recursos da terra estão a ser depredados também por causa de formas imediatistas de entender a economia e a atividade comercial e produtiva. A perda de florestas e bosques implica simultaneamente a perda de espécies que poderiam constituir, no futuro, recursos extremamente importantes não só para a alimentação, mas também para a cura de doenças e vários serviços. As diferentes espécies contêm genes que podem ser recursos-chave para resolver, no futuro, alguma necessidade humana ou regular algum problema ambiental.
33. Entretanto não basta pensar nas diferentes espécies apenas como eventuais “recursos” exploráveis, esquecendo que possuem um valor em si mesmas. Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais, que já não poderemos conhecer, que os nossos filhos não poderão ver, perdidas para sempre. A grande maioria delas extingue-se por razões que têm a ver com alguma atividade humana. Por nossa causa, milhares de espécies já não darão glória a Deus com a sua existência, nem poderão comunicar-nos a sua própria mensagem. Não temos direito de o fazer.”
Papa Francisco, na encíclica “Laudato Si’, sobre o cuidado da casa comum”, datada de 24 de maio de 2015 e divulgada pelo Vaticano em 18 de junho. Esta é a 298º encíclica da História da Igreja Católica Romana e a primeira que traz a ecologia como ponto central. O Papa Francisco dividiu sua carta em uma introdução, seis capítulos e duas orações finais, em um total de 192 páginas.