Começar a semana pensando…

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
21 de novembro de 2011

…na extinção de espécies: vamos escolher as espécies que sobreviverão da mesma forma como os médicos selecionam entre os feridos quem salvarão em uma guerra?

“Uma pesquisa feita com quase 600 biólogos especialistas em biodiversidade no mundo todo revelou que a maioria deles já considera que algo antes impensável pode ser necessário: “desligar os aparelhos” de certas espécies ameaçadas. Assim como médicos militares precisam fazer escolhas difíceis sobre quais feridos tratar primeiro, 60% dos biólogos ouvidos no levantamento acham que, como não vai ser possível salvar todas as espécies em risco de extinção, é melhor começar a pensar em critérios de triagem.

O resultado foi obtido por Murray Rudd, da Universidade de York, e está em artigo na revista científica “Conservation Biology“.” – texto da matéria “Biólogos aceitam ‘descarte’ de espécies” publicada pela Folha de S. Paulo em 15 de novembro de 2011

A ideia é muito polêmica e me fez, em um primeiro momento, fazer o seguinte questionamento: somos capazes de dimensionar as conseqüências de permitir a extinção de alguma espécie? Temos esse conhecimento todo?

Os entrevistados encaram a atual crise da perda de biodiversidade como uma encruzilhada, onde qualquer que seja o caminho escolhido haverá perdas de espécies.

“Os biólogos justificam a decisão dizendo que, se critérios objetivos sobre que espécies salvar não forem estabelecidos logo, as extinções vão acabar acontecendo de qualquer jeito, e o risco de consequências funestas para a biodiversidade será maior ainda.” – texto da Folha

Para concluir, a matéria deixou um recado para os responsáveis por pesquisas e por políticas públicas em conservação:

“Mais de 80% concordam com a afirmação de que é preciso “estar disposto a repensar os objetivos e os padrões de sucesso da conservação”.” – texto da Folha

– Leia a matéria da Folha de S. Paulo
– Releia “Reflexão para o fim de semana: somos apenas mais uma entre milhões de espéices” publicada em 26 de agosto de 2011 pelo Fauna News

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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