Cães no combate ao tráfico de animais

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
15 de fevereiro de 2012
O uso de cães farejadores é uma alternativa que pode auxiliar bastante as equipes de fiscalização na localização de produtos ilegais de origem animal (como peles, garras, dentes e couro), além de animais silvestres vivos. Na índia, onde há animais treinados pela Traffic (entidade internacional que monitora o tráfico de animais silvestres), resultados estão aparecendo.

“Tracey, uma cadela pastor-alemão de dois anos treinada para farejar produtos de animais selvagens, ajudou a recuperar duas presas de elefante, pesando mais de 32 kg, nas florestas de Dalma Wildlife Sanctuary, em Jharkhand, Índia.

Cadela Tracey, que ajudou a localizar as presas
Foto: Traffic


As presas eram de um elefante asiático que tinha morrido dois dias antes, mas quando funcionários florestais inspecionaram a carcaça, perceberam que as presas tinham sido removidos. Tracey foi trazida de perto Betla Tiger Reserve para ajudar a localizá-las.

Ela vasculhou a área extensa e levou a equipe para o local onde as presas estavam escondidas.” – texto traduzido da matéria “Sniffer dog Tracey helps recover 32 kg of ivory”, publicada em 9 de fevereiro de 2012 no site da Traffic

Presas (marfim) do elefante morto na Índia
Foto: Traffic

Há pouco tempo, informa a matéria, outro cão treinado pela Traffico ajudou na prisão de sete homens envolvidos na caça de um leopardo. O programa com cães na Índia começou em 2008 e, até o momento, já foram treinados 14 homens condutores dos animais e sete cachorros, todos dos órgãos do governo. Na região, os cães são preparados para detectar osso e pele de tigre, osso e pelo de leopardo e bílis de urso.

Essa alternativa pode ser implantada em qualquer parte do mundo sendo, com certeza, mais barata e eficiente que investimentos em aparelhagem de raios-x, por exemplo. Os cães podem ser usados em portos, aeroportos, correios e em ações de fiscalização em rodovias, rodoviárias e em regiões de comércio de animais silvestres. Ibama, policiais ambientais, Polícia Federal e demais órgãos de fiscalização: a ideia está lançada.

– Leia a matéria da Traffic (em inglês)
– Saiba mais sobre o tráfico de marfim: “Reflexão para o fim de semana: vaidade assassina com marfim”, publicada pelo Fauna News em 6 de janeiro de 2012

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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