
“Uma encomenda com 53 borboletas que saiu de Nova Olinda do Norte (distante 135 km em linha reta de Manaus) foi apreendida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na tarde de ontem. Os insetos foram, identificados pelo aparelho de raios X da agência dos Correios, localizada na avenida Rodrigo Otávio, próximo ao Complexo Viário Gilberto Mestrinho, Coroado, Zona Leste.
As borboletas estavam dentro de um livro (transformado em uma caixa) e tinha como destino a Polônia, na Europa. Segundo o chefe da divisão técnica ambiental e superintendente em exercício do Ibama, Geandro Pantoja, a multa para quem faz o contrabando internacional, tanto para o remetente quanto para o destinatário, pode variar de R$ 26,5 mil se não for uma espécie em risco, e chegar a R$ 265 mil, caso o laudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), previsto para acontecer hoje, indique que os animais são de uma espécie de borboletas ameaçada de extinção.
Pantoja informou também que está em andamento a investigação para saber quem é o remetente da encomenda, uma vez que as agências dos Correios não exigem uma identificação, uma vez que do nome e endereços fornecidos podem ser falsos. Quanto ao destinatário, na Polônia, será denunciado para a Polícia Federal por tráfico Internacional de animais silvestres.” – texto da matéria “Borboletas eram contrabandeadas do Amazonas para a Polônia”, publicada em 14 de janeiro de 2014 pelo site do jornal A Crítica (AM)
A captura e o comércio ilegal de borboletas não são novidades e acontecem em várias localidades brasileiras. No último 24 de junho, o Fauna News (antigo) publicou o post “Treze mil borboletas mortas em Parque Nacional. Crime recorrente em Santa Catarina”, que também lembrou o texto de 6 de março de 2014 “Borboletas para o tráfico” (sobre a prisão de um casal de aposentados dentro do Parque Nacional da Serra do Itajaí em Santa Catarina, com 267 borboletas).
Esses insetos são vendidos para colecionadores e também usados para peças de decoração, como quadros. Parte do tráfico de fauna envolve invertebrados, com destaque para o comércio de insetos e aracnídeos. Alguns têm suas partes usadas por sua beleza, outros, por causa de substâncias que produzem (como venenos), são usados na indústria farmacêutica para a elaboração de remédios.
Vale lembrar que muitos insetos, como as borboletas, estão envolvidos em processos de polinização, sendo então os responsáveis pela reprodução de muitas espécies de plantas. A captura desses animais não é apenas cruel e bárbara por satisfazer, em alguns casos, uma bizarra demanda por enfeites com partes de bichos mortos, mas também afeta negativamente o equilíbrios dos ecossistemas.
– Leia a matéria completa de A Crítica
– Releia o post do Fauna News (antigo) “Treze mil borboletas mortas em Parque Nacional. Crime recorrente em Santa Catarina”, publicado em 14 de junho de 2014
– Releia o post do Fauna News (antigo) “Borboletas para o tráfico”, publicado em 6 de março de 2014