O caso tem de ser bem investigado, pois criador, mesmo que ilegal, não coloca 16 aves em uma gaiola. Isso é coisa de quem está armazenando bichos para venda.
“Uma equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Cassilândia (418 km de Campo Grande) apreendeu, na tarde desta segunda-feira (16), 41 aves silvestres que eram mantidas ilegalmente em cativeiro. Os animais estavam na residência no bairro Jardim América, em Paranaíba (a 422 km da Capital), e pertenciam a um idoso de 64 anos.
Foram apreendidos 40 canários-da-terra e um curió, além de 15 gaiolas. Em apenas uma gaiola havia 16 pássaros, que estavam feridos por se debaterem na falta de espaço. Outros pássaros, em outras gaiolas, também estavam feridos, o que caracteriza crime de maus-tratos. A PMA suspeita que o idoso comercializava as aves.” – texto da matéria “PMA autua idoso em R$ 45,5 mil por criar e maltratar aves silvestre”, publicada em 17 de fevereiro de 2015 pelo Campo Grande News
Criador doméstico de fauna silvestre, com ou sem autorização, preza por seus bichos. Mantêm gaiolas e recintos limpos, fornece comida adequada e água fresca e tenta garantir o bem estar dos animais (apesar de o Fauna News considerar que o cativeiro de silvestres jamais fornecerá tudo que é necessário para os animais). Lógico que há os entre os legais e os ilegais aqueles que são desleixados. E não são poucos.
Mas o caso envolvendo esse homem de 64 anos é bem característico de tráfico. O infrator pode estar utilizando a própria residência como depósito e até como local de venda. É preciso investigar bem, inclusive para identificar quem são os fornecedores dos animais. Com essa informação, além da possibilidade de desestruturar uma quadrilha, será possível também saber a região de origem dos bichos apreendidos para uma possível soltura.
Agora o trabalho está com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul. Mãos à obra.