Atropelamento de fauna: muito além dos grandes animais

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
04 de julho de 2013
Um número incalculável de animais silvestres é morto por atropelamento, todos os anos, nas estradas e rodovias. De acordo com o coordenador do Centro Brasileiros de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager, cerca de 475 milhões de animais morrem nessas circunstâncias todos os anos no Brasil.

Não é incomum encontrar, na imprensa, alguma matéria sobre atropelamentos de lobos-guarás, onças-pardas ou outras espécies de mamíferos de médio e grande porte. Também não é incomum ver esse tipo de cena nas estradas.

Mas vale destacar que os médios e grandes mamíferos não são a maioria das vítimas. Nas estradas e rodovias, os anfíbios, os répteis, as aves e os pequenos mamíferos são os mais comumente atropelados e mortos. Por isso, o trabalho da Gestão Ambiental (STE S.A.) da duplicação da BR-116/RS é tão importante:

“Gestão Ambiental (STE S.A.) da duplicação da BR-116/RS realiza, de 24 a 28 de junho, a 5ª Campanha do Programa de Monitoramento e Controle de Atropelamento de Fauna. No primeiro dia de atividades ocorreu uma ação para identificar anfíbios mortos por atropelamento no trecho em obras da rodovia. (…)

Monitoramento na BR-116, no Rio Grande do Sul
Foto: Divulgação STE S.A.


O biólogo da Gestão Ambiental Gustavo Wallwitz afirma que, além da movimentação nos períodos reprodutivos, os anfíbios são diretamente influenciados pelas condições climáticas. “Eles se deslocam mais em períodos chuvosos ou de umidade alta, por isso, buscamos confirmar a relação destas condições com o número de atropelamentos”, explica. Através destes levantamentos, a Gestão Ambiental pode propor medidas que diminuam a quantidade de anfíbios mortos por atropelamento nas fases de implantação e operação da BR-116/RS.”
– texto da matéria “Campanha monitora anfíbios atropelados na BR-116”, publicada em 27 de junho de 2013 pelo site do jornal NH, de Novo Hamburgo (RS)

Teria sido interessante se a matéria informasse quais as possíveis medidas que poderão ser tomadas para a redução de atropelamentos de anfíbios.

– Leia a matéria completa do jornal NH
– Leia a matéria “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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