Biólogo e mestre em Gestão e Auditoria Ambiental com ênfase em Educação Ambiental. É analista ambiental do Ibama, sendo ponto focal do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do órgão no RS
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A educação ambiental não é somente sobre combate ao tráfico de animais silvestres. Mas todas as áreas do Ibama possuem ligação com o tema. Assim, o órgão trabalha com a educação ambiental no combate a desmatamentos e queimadas, na orientação para uma atividade pesqueira sustentável, no licenciamento de empreendimentos, no controle de substâncias químicas, nos objetivos do desenvolvimento sustentável.
O desmatamento e as queimadas são as maiores ameaças à fauna por serem responsáveis pela perda de habitat. Os projetos de educação ambiental desse tema beneficiam, indiretamente, a fauna silvestre.
No dia a dia do Ibama, a fauna terrestre e aquática estão divididas em setores diferentes. Os Centros de Triagem de Animais Silvestres cuidam da fauna terrestre e outros setores, como as Divisões Técnicas (DITEC), cuidam, historicamente, do ordenamento pesqueiro. O ordenamento pesqueiro é bem mais complexo dentro da estrutura de Estado que a fauna terrestre e não será o tópico abordado aqui, mas o Ibama ainda atua com a educação ambiental especialmente na orientação quanto aos períodos de defeso.
Os empreendimentos causam maiores ou menores impactos sobre a fauna silvestre. Eles devem ter, legalmente, um projeto de educação ambiental, aprovado pelo Ibama, nas comunidades que serão afetadas pelo empreendimento. Cada um deles tem suas características próprias, como as estradas, por exemplo. Sabidamente as estradas causam grande impacto devido aos atropelamentos de animais. Esses empreendimentos deveriam ter, além de estruturas para passagem de fauna, programas de informação ambiental aos condutores quanto ao risco de atropelamento de fauna silvestre.
O controle de substâncias químicas no Brasil também é uma das atribuições do Ibama. Um derramamento de uma dessas substâncias causa grande impacto na fauna. Assim, alguns empreendimentos, como os da Petrobrás, que têm maior risco de derramamentos devem possuir um programa de educação ambiental – além do programa de emergência – para relatar os possíveis riscos das substâncias em caso de acidentes e a quem procurar nesses eventos.
Assim, o Ibama atua direta e indiretamente, através da educação ambiental, na proteção da fauna silvestre brasileira.
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