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Trabalhar em um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) é a realização de um sonho! Existiu, existe e sempre existirá bastante trabalho. Muita gente imagina que toda dedicação, esforço e sacrifício para conseguir passar em um concurso concorrido como o do Ibama é a parte mais difícil. Grande engano!
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No Cetas, lidamos com vidas diariamente. Vidas inocentes, que não escolhem ser capturadas, presas, perseguidas, lesionadas ou até mesmo mortas. Animais silvestres oriundos de resgates, apreensões e entregas voluntárias. Muitos deles, por capricho humano, são engaiolados, enjaulados e retirados de seus lares, vítimas do tráfico de fauna.
Existe um grande combate ao tráfico e é preciso fortalecer o trabalho de conscientização da população, pois a sociedade precisa entender que só existe quem prende e captura porque existe quem compra de forma ilegal.
O papel do Cetas na triagem, tratamento e reabilitação dos animais recebidos, muitas pessoas já conhecem. O que é pouco divulgado é o apoio daqueles que estão no pós-reabilitação, que auxiliam depois que esses animais estão aptos a voltar para a natureza. Até porque a pergunta que fica é: voltar para onde?
Não adianta reabilitar e soltar em áreas onde o risco de serem recapturados é alto; onde esses animais serão presas fáceis para a ação desmedida do bicho homem.
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Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS)
Ter Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) cadastradas significa ter parceiros, ter propriedades rurais com áreas conservadas que estão dispostas a colaborar com o meio ambiente e auxiliar nesse processo de reintrodução. É muito importante que os animais possam voltar para a natureza em segurança. Para isso, os Cetas precisam contar com essas áreas. E quanto mais áreas cadastradas tivermos, mais são as possibilidades de solturas. Nesse contexto, é possível diversificar os ambientes, equilibrar os hábitats e os ecossistemas e melhorar a qualidade do serviço oferecido.
Atualmente, o Ibama conta com a plataforma Siscetas, por onde o cidadão pode solicitar o cadastro de sua propriedade como uma ASAS. Para isso, é preciso primeiro criar um login de acesso pelo site do Instituto, um procedimento rápido e fácil, em que o usuário faz a solicitação e fornece a documentação necessária. O pedido será analisado pelo Cetas e uma equipe será designada para realizar a vistoria. Estando tudo certo, o acordo será firmado e a área cadastrada como ASAS. Essa é uma maneira excelente de ajudar o meio ambiente e, em especial, os animais que precisam de lugares seguros para voltarem a ter uma vida em liberdade.
Quem ama não prende!
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