Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
dimasmarques@faunanews.com.br
Na manhã de ontem, 11 de junho, ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) voltaram a voar nos céus de Curaçá, no sertão baiano. Aves da espécie não eram vistas livres desde 1990, quando o último animal livre, um macho, foi avistado vivendo com uma fêmea de arara-maracanã (Primolius maracanã). Vítimas do tráfico de fauna e da degradação do habitat, elas quase desapareceram
Depois de anos de intenso trabalho de servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de pesquisadores e ambientalistas, um grupo de oito ararinhas foi solto. O recinto onde já estavam se ambientando foi finalmente aberto e as aves, que estão com radiotransmissores para serem monitoradas, puderam sair. Esses animais foram selecionados por possuírem mais aptidão para se adaptarem ao mundo selvagem.
O biólogo e ornitólogo Willian Menq fez um vídeo bastante didático sobre todo o trabalho para chegar até a soltura dessas oito ararinhas. Outras 12 deverão voltar à natureza em dezembro. Apesar de ser uma grande vitória, o evento de sábado não significa sucesso completo. Foi dado mais um grande passo para tentar arrumar a consequência de ações humanas desastrosas, inconsequentes e cruéis. Parabéns aos envolvidos!
https://www.youtube.com/watch?v=ZwSR5D5_ffc