Apreensão indica falhas no combate ao tráfico de animais

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
30 de dezembro de 2013
“Dois homens foram presos em flagrante por transportar ilegalmente 140 aves silvestres na madrugada deste sábado (28), na Rodovia Anhanguera (SP-330), em Orlândia (SP).  Segundo a Polícia Ambiental, os suspeitos pagaram fiança e devem responder pelo crime em liberdade, mas também foram multados em R$ 140 mil cada um, pelo crime de maus-tratos.

(…) Ainda de acordo com a polícia, os suspeitos confessaram que transportavam as aves de Goiás para São Paulo (SP), onde seriam vendidas ilegalmente. Eles foram presos e levados para a delegacia de Orlândia, onde pagaram fiança. Cada um também foi multado em R$ 140 mil por maus-tratos.” – texto da matéria “Dois são presos em Orlândia, SP, por transportar 140 aves ilegalmente”, publicada em 28 de dezembro de 2013 pelo portal G1

São 140 canários-da-terra que vinham de Goiás para São Paulo. A apreensão já em território paulista indica que há falhas (ou não há) fiscalização nas regiões de captura do animal.

Foto: Renata Diem

O combate ao tráfico de fauna é composto por várias frentes. Sem dúvida, duas se destacam: a necessidade de educação ambiental para reduzir a demanda (afinal, só existe quem vendo porque existe quem compra) e de fiscalização nas áreas de apanha e captura dos animais. Para atuar nessa última frente é necessário investir em mapeamento, o que pode ser feito investigando os infratores detidos, e na presença ostensiva de policiais.

Nessas localidades, se houver necessidade, há de se implantar programas de geração e complementação de renda para que o comércio ilegal de fauna não seja uma atrativo às famílias pobres. Vale destacar que a captura de animais não é, normalmente, a principal fonte de renda dos envolvidos.

Enquanto o poder público não atuar de forma completa (em várias frentes) no combate ao tráfico de fauna, o crime continuará a existir, a saúde da população continuará em risco por causa das zoonoses e a biodiversidade brasileira perderá cada vez mais sua riqueza.

Como combater o mercado negro de fauna com eficiência?
– Programas de geração de renda (substituição de renda – combate à pobreza);
– repressão eficiente e sem corrupção (guias, anilhas, etc);
– legislação adequada;
– educação ambiental;
– infraestrutura para o pós-apreensão (técnicos para atendimento nas apreensões, rede de Cetas e procedimentos rápidos e eficientes para reintroduções).

– Leia a matéria completa do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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