Alagoas: 90 aves em feiras. A cortina de fumaça continua

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
25 de março de 2014
“Três equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) de Alagoas apreenderam, na manhã deste domingo (23), 90 aves que estavam sendo comercializadas ilegalmente em feiras livres na capital alagoana e nos municípios de Atalaia, Maribondo e Rio Largo. Ninguém foi preso durante a ação da polícia.

Aves apreendidas em feiras de Alagoas
Foto: Divulgação PM Ambiental AL

De acordo com o subtenente Jorge Pedro, que comandou a operação, aves nativas e silvestres foram encontradas pelos militares ao chegarem nas feiras. “Nos deparamos com araras, jandaias, canário da terra, sanhaço e galo de campina. O que chamou a atenção foi a quantidade de aves apreendidas”, disse.” – texto da matéria “Polícia ambiental apreende 90 aves comercializadas em feiras de Alagoas”, publicada em 23 de março de 2014 pelo portal G1

Bem o mal, a polícia faz a sua parte. Poderiam sim, investigar e prender os traficantes em seus depósitos ou ainda nas áreas de captura, o que ajudaria muita na soltura dos animais apreendidos.

 Mas, em geral, o poder público continua omisso no combate ao tráfico. Não investe na mudança da legislação, tornando-a mais dura e eficiente e, sobretudo, nada faz para conscientizar a população sobre os problemas ambientais e de saúde pública envolvidos nesse mercado.

Enquanto a população procurar animais silvestres para mantê-los em cativeiro, haverá o tráfico. Independentemente de haver espécies comercializadas legalmente – o que o Fauna News é contra!

Somente com mudanças de hábitos e costumes, gerando a redução de demanda, a retirada de silvestres da natureza será combatida com efetividade. Essa óbvia conclusão não encontra respaldo em governantes burros e que não priorizam a conservação da fauna brasileira.

É mais fácil e barato criar a cortina de fumaça da fiscalização policial a investir em medidas que vão funcionar.

– Leia a matéria do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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