Por Luciana Ribeiro
Jornalista e tecnóloga em Gestão Ambiental
olhaobicho@faunanews.com.br
Nomes populares: canário-da-terra-verdadeiro, canário-do-campo, canário-da-horta, cabeça-de-fogo, coroinha, canário-do-chão (Bahia), canário-do-reino (Ceará), chapinha (Minas Gerais) e canário-da-telha (Santa Catarina)
Nome científico: Sicalis flaveola
Estado de conservação: “pouco preocupante” na IUCN e não consta na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O canário-da-terra-verdadeiro tem um canto lindo, melódico. Isso faz com que ele seja um passarinho muito admirado – e muito aprisionado. É bastante comum sua criação em cativeiro e isso o coloca sempre nos primeiros lugares das listas de espécies mais apreendidas pelos órgãos de fiscalização, vítimas do tráfico de animais silvestres.
Seu nome científico vem do grego sikalis, pequeno, e do latim, flaveola, diminutivo de flavus, amarelo, e pode ser entendido como “amarelinho”. É possível encontrá-lo em quase todo o território nacional, com forte presença nas regiões Sudeste e Sul. Também ocorre nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O canário-da-terra-verdadeiro mede cerca de 13 centímetros e pesa aproximadamente 20 gramas. Sua plumagem é amarela com estrias escuras nas asas, cauda e próximo das pernas. As fêmeas e os jovens têm uma densa estriação parda. O bico, que tem a parte superior cor de chifre e a inferior amarelada, tem um formato eficiente para esmagar e seccionar sementes, a base da sua alimentação. É considerada uma espécie predadora e não dispersora de sementes.
Quando não está em período de acasalamento, o amarelinho vive em bando em campos, caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, plantações, pastagens e jardins gramados. Entre seus predadores naturais estão aves de rapina e cobras.
Os ninhos do canário-da-terra são feitos em forma de cesta em locais que oferecem proteção, como plantas epífitas (orquídeas e bromélias), bambus perfurados a até caveiras de boi. É comum também usar ninhos abandonados de outros pássaros, principalmente do joão-de-barro. A ninhada costuma ter em média quatro ovos, que são chocados durante 14 ou 15 dias.
Com quatro a seis meses de vida, os filhotes machos começam a cantar. O canto diurno, forte e estalado, é diferente do da madrugada, mais extenso e áspero. Já o canto da corte é melodioso e baixo e acompanhado de movimentos que parecem uma dança ao redor da fêmea.
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