Por Elisângela de Albuquerque Sobreira
Pós-doutoranda em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses na Universidade de São Paulo (USP). Mestra em Ecologia e Evolução e doutora em Animais Selvagens pela Universidade Estadual Paulista. Coordenadora de Fauna da Prefeitura de Anápolis (GO), presidente da Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás e docente e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Metropolitana de Anápolis (Fama)
saude@faunanews.com.br
Dados do Ministério da Saúde apontam um aumento de 35,4% nos casos de dengue nos dois primeiros meses deste ano na comparação com 2021. De acordo com o Boletim Epidemiológico, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da arbovirose. Houve também redução de 17,5% nos casos de chikungunya (9.555 registros) e 11,5% de aumento nos casos de zika (756). As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Goiás é o estado com mais casos confirmados de dengue em 2022: foram 18.408 confirmações da doença até a sexta semana do ano. A segunda unidade federativa com mais casos é São Paulo, com 12.329 infectados.
Entre os municípios que mais registraram casos prováveis de dengue, Goiânia (GO) é o que apresentou maior incidência, com 13.608 ocorrências, seguido por Brasília (DF), com 8.572 casos, Palmas (TO), com 6.497, Sinop (MT), 2.754, e Aparecida de Goiânia (GO), com 2.199.
Os principais sintomas são febre e dor no corpo. É recomendado que o paciente busque as unidades de saúde mais próximas de sua casa para atendimento e identificação da dengue ou de outra arbovirose.
Com as altas temperaturas e os períodos chuvosos, a expectativa do número de criadouros aumenta. É importante fazer o controle efetivo da proliferação do mosquito tirando ao menos dez minutos de apenas um dia da semana para verificar o telhado, calhas entupidas, piscina, garrafas, pneus e demais pontos que possam ser criadouros.
Mesmo em lugares que necessitem fazer o armazenamento de água, é importante não deixar os reservatórios destampados para evitar que o mosquito coloque ovos nesses locais.
– Leia outros artigos da coluna SAÚDE, BICHO E GENTE
Observação: as opiniões, informações e dados divulgados
no artigo são de responsabilidade exclusiva de seu(s) autor(es)