Parado sob o Sol, quase imóvel, o calango (termo utilizado para vários tipos de lagartos, incluindo o Tropidurus torquatus), está presente em grande parte da paisagem urbana.
O Brasil é o terceiro país no ranking de diversidade de répteis do mundo. Um estudo publicado na revista da Sociedade Brasileira de Herpetologia listou, até 2021, 292 espécies de calangos do país.
Medindo até 30 centímetros, o calango pode ser encontrado nas regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil e também em outros países.
De hábitos diurnos, os calangos comem de tudo, de invertebrados a pequenos vertebrados, passando também por vegetais, o que os torna bons espalhadores de sementes.
Por se alimentarem de alguns vetores de doenças humanas, como mosquitos, os calangos auxiliam no controle biológico de organismos que podem oferecer perigo para a saúde humana e de pragas agrícolas.
Os calangos são considerados oportunistas, pois aguardam suas presas, dando o bote quando se aproximam. Mas dependendo da oferta de alimento, a estratégia se modifica.
Os machos são maiores que as fêmeas e apresentam manchas escuras na região ventral da coxa e no ventre. Essas manchas escurecem com a idade do indivíduo.
As fêmeas põem, em média, de um a três ovos, que levam até três meses para eclodir. Fatores como disponibilidade de alimentos e quantidade de chuvas podem alterar o tamanho e a frequência da ninhada.
Mesmo os calangos sendo abundantes nas áreas em que ocorrem, as várias alterações na natureza causadas por ações humanas colocam em risco a vida desses animais e o equilíbrio dos ecossistemas.
Os calangos são animais inofensivos e essenciais para a sobrevivência do ecossistema terrestre. Jamais maltrate ou retire esse animal de seu habitat natural. Defenda a fauna brasileira.
Leonora Sales e Williany BSouza
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Marcia Denise Guedes