Ao alimentar animais silvestres, podemos transmitir doenças que para eles podem ser letais. É isso que acontece no caso do vírus herpes.
Em algumas localidades, como o Jardim Botânico de Bauru (SP), devido ao contato com os humanos e com alimentos contaminados, a infecção dos saguis com o herpes é uma grande preocupação.
Uma doença primária de humanos que pode infectar animais é chamada de zooantroponose, mas o contrário também pode acontecer. Os saguis, se infectados, podem ser transmissores da raiva.
Os saguis buscam a sua comida na natureza. A alimentação deles, que varia de espécie para espécie, é composta principalmente por frutas, plantas e insetos.
Além disso, quando os alimentos não fazem parte da dieta dos saguis, eles podem desenvolver problemas renais, hepáticos, diabetes, cáries e perder a capacidade de caçar seus alimentos na natureza.
Não oferecer e nem deixar comida para os animais silvestres são ações importantes para a manter a saúde dos bichos. Esse tipo de contato é perigoso para os seres humanos e para os silvestres.
Através de cartazes colados pelo parque para sensibilizar a população a não oferecer alimentos aos animais, o Jardim Botânico de Bauru iniciou em 2018 a campanha “Eu curto sagui – ele lá, eu aqui”.
A campanha foi criada depois que alguns saguis que viviam no parque morreram por causa do herpes. Informar a comunidade sobre a importância de não alimentar animais silvestres é fundamental para a saúde de todos.
Iniciativas para proteger os saguis existem em todo país. Para conscientizar a população que primatas não são bichos de estimação, a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) criou a cartilha Macaco Não é Pet.
Lançada em 2021, a cartilha foi elaborada para a campanha #EuNãoSouPet e tem reflexões importantes sobre como os animais se sentem presos. O documento é facilmente encontrado no portal da SBPr.
Leonora Sales e Williany BSouza
Wesley Cordeiro/ Unsplash/ Pixabay/ Jardim Botânico Bauru/ Sociedade Brasileira de Primatologia/ Tenor