conheça o baiacu,  um dos peixes mais venenosos do mundo

Também conhecidos como peixes-balão, sapo-do-mar e fugu, os baiacus são animais que chamam atenção pela forma como se defendem ao se sentirem ameaçados.

Pertencentes à ordem Tetraodontidae, cujo origem vem do grego e significa “quatro dentes”, os baiacus não possuem escamas e a maior parte das espécies tem pequenos espinhos ao longo do corpo.

No Brasil, eles são encontrados em toda a costa, habitando mangues, ilhas rochosas e recifes de coral. São conhecidas aproximadamente 125 espécies de baiacu, sendo em sua maioria de água salgada.

Uma grande ocorrência no país é o famoso baiacu-pinima ou baiacu-pintado, muito comum na costa dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Além do seu curioso mecanismo de defesa, o baiacu tem toxinas poderosas em seus órgãos que podem matar um homem. Trata-se da tetrodotoxina (TTX), que pode ser secretada pela pele ou se espalhar pela carne.

Deve-se evitar, devido às toxinas, o consumo da carne do baiacu por completo. Isso porque o volume de TTX em apenas um peixe é 1.200 vezes mais letal do que o cianeto, podendo matar até 30 pessoas de uma vez.

O baiacu é uma iguaria em algumas culturas. No Japão, o animal pode ser servido como sushi, sashimi ou preparado de outras formas por chefes especializados em limpar esses peixes.

O baiacu também é consumido por brasileiros. No país, o animal é abatido, frito e recebe o nome de cascudinho. Essa prática não coloca em risco apenas a vida humana, mas o equilíbrio dos ecossistemas.

Nos últimos anos, só no estado do Espírito Santo foram registrados mais de 20 casos de intoxicação causada pelo consumo do baiacu.

Os baiacus ocupam uma posição essencial para o meio ambiente. Eles são importantes para regular a cadeia trófica marinha, isso porque se alimentam de algas, pequenos crustáceos e moluscos.

Então, já sabe, não se deve jamais consumir a carne do baiacu. Não financie a caça e o abate da fauna silvestre.

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TEXTO

Robin Hilbert Loose

ADAPTAÇÃO

Leonora Sales e Williany BSouza

IMAGENS

Noeli Ribeiro/ Pixabay/ Kadu Pinheiro/ Ronaldo Guillen (Wikimedia Commons)/