A soltura de um animal silvestre está definida em tipos e finalidades específicas. A mais comum é a translocação, quando um animal de ocorrência é solto dentro do mesmo bioma, mesmo sendo de outras regiões.
É preciso respeitar as normas sanitárias, com a soltura de espécimes avaliados clinicamente e soltar animais em quantidade adequada à capacidade de suporte do local escolhido para a ação.
Mesmo a translocação pode apresentar grandes desafios, sobretudo para espécies de especial interesse e que tenham populações pequenas ou em declínio.
A soltura pode ter a finalidade de restabelecer uma população que tenha sido extinta em determinado local e, nesse caso, a ação é chamada de reintrodução. Essa ação é muito mais complexa do que parece.
Esse tipo de soltura precisa ser feito em etapas ao longo de um período que pode durar até décadas, necessitando de monitoramento de dados e uso de radiotransmissores.
Existem projetos especiais de soltura, cuja missão é fornecer dados para o planejamento de futuras solturas ou sobre o status de conservação de determinada espécie e suas demandas ecológicas.
Projetos especiais podem ser concebidos para avaliar como espécies se adaptam a outros locais ou até mesmo quais áreas poderiam voltar a ser recolonizadas por essas espécies.
Toda soltura envolve riscos. A questão é se os benefícios da ação superam os efeitos negativos apontados na análise de riscos. Bom mesmo seria que todos os animais resgatados pudessem voltar para casa!
Leonora Sales e Williany BSouza
Petra B. (CC BY 3.0)/ Jonathan Lins (Ascom MP AL)/ Ibama/ Jonathan Lins/ Ibama/ Jardim Botânico de Brasília/ Cid. Edsoq (Creative Commons)/ Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente SP/ CPRH (PE)/ CPRH (PE)/ Susana e Wagner Coppede/ Tenor.
Adriana Prestes