O mais recente animal homenageado nas notas do Real brasileiro, o lobo-guará, é uma das espécies da fauna nativa listadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como ameaçadas de extinção.
Predominantemente presente no Cerrado, o lobo-guará foi apontado em 2021, em artigo publicado pela revista Global Ecology an Biogeography, como um dos 61 mamíferos mais atropelados do planeta.
De nome científico Chrysocyon brachyurus, o lobo-guará mede entre 95 e 115 cm de comprimento e pode chegar a um metro de altura, sendo considerado o maior canídeo da América do Sul.
O "guará", do lobo, é um termo tupi-guarani que significa “vermelho” e se refere à pelagem laranja-avermelhada do animal.
O lobo-vermelho pode ser encontrado no Brasil, Bolívia, Uruguai, Argentina, Paraguai e Peru. Podendo, segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), estar extinto no Uruguai.
Diferentemente do que muitos imaginam, o lobo-guará não se alimenta apenas de outros animais, mas também de vegetais e insetos.
Lobo mau não existe! Esses animais, assim como outros, raramente atacam, podendo fazê-lo se houver ameaça. Eles preferem manter distância dos seres humanos.
O lobo-guará é um importante dispersor de sementes, o que contribui para a conservação dos ecossistemas em que estão inseridos. Ele é um animal silvestre e não deve ser domesticado.
Para que as próximas gerações não conheçam os lobos-guarás apenas na cédula mais valiosa da moeda brasileira, é preciso que esses (e outros) animais se tornem valiosos também para nós.
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Leonora Sales e Williany BSouza