Pequeno e amarelo, igual ao significado do seu nome científico, cuja origem vem do grego (sicalis) e do latim (flaveola). Esse é o canário-da-terra-verdadeiro, um dos pássaros mais traficados do Brasil.
Também conhecido como coroinha, o canário-da-terra tem um canto lindo e melódico. Você pode até não reconhecer o seu som, mas certamente já ouviu em algum lugar.
Quando adulto, o canário-da-terra mede cerca de 13 centímetros e pesa aproximadamente 20 gramas. O formato de seu bico facilita a alimentação, que tem como base sementes.
É comum encontrar essa ave na cor amarela, mas existem também com a plumagem escura, característica do melanismo, ou bem mais claras e com pigmento castanho.
Quando não está em período de acasalamento, o amarelinho vive em bando nos campos, caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, plantações, pastagens e jardins gramados.
O canário-da-terra está em quase todo Brasil, com forte presença nas regiões Sudeste e Sul. Ele pode ser encontrado em outros países da América do Sul, exceto na Bolívia, Chile e Suriname.
Os ninhos do canário-da-terra são feitos em locais que podem oferecer proteção, como plantas epífitas (orquídeas e bromélias), bambus perfurados e até caveiras de boi e possuem o formato de cesta.
A ninhada costuma ter em média quatro ovos, que são chocados em média por 15 dias. Os filhotes machos começam a cantar quando têm entre quatro e seis meses de nascidos.
O canário-da-terra tem o canto forte e estalado durante o dia e mais extenso e áspero pela madrugada. Já o canto da corte é melodioso, baixo e acompanhado de uma dança ao redor da fêmea.
O canário-da-terra-verdadeiro é, segundo a organização WWF Brasil, a ave mais traficada do país. A criação em cativeiro é uma prisão que alegra apenas seu carcereiro.
Como se não fosse o suficiente deixar esses animais presos, alguns canários-da-terra são usados em jogos de “rinha”. O Ibama resgatou, em 2020, 4.365 canarinhos utilizados ilegalmente nessas práticas.
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Luciana Ribeiro
Leonora Sales e Williany BSouza
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