Você sabia que o Pantanal mato-grossense tem uma ave-símbolo?

Em 2022, o Pantanal voltou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes. Desta vez, a pauta mais comum não está ligada às queimadas, uma das preocupações com o bioma, que em 2020 sofreu com o pior ano de incêndios da sua história.

O Pantanal agora é tema de telenovela, um remake de uma novela exibida em 1990 pela extinta TV Manchete. Além das onças, sucuris e outros bichos que já apareceram nas cenas, o bioma tem sua ave-símbolo. Já sabe qual é?

A ave pernalta Jabiru mycteria,  o popular tuiuiú, também conhecido como jaburu, é considerada e reconhecida em lei, desde 1992, como a ave-símbolo  do Pantanal Mato-grossense.

De pernas longas e bico comprido, com cerca de 30 centímetros, o tuiuiú pode chegar até 1,60 metro de altura e pesar oito quilos. Ele é a maior ave aquática voadora das Américas.

A alimentação desta ave é composta por peixes, moluscos, répteis, anfíbios, insetos e até pequenas aves. Ela pode se alimentar também de pescado morto, ajudando na redução da putrefação desses animais durante o período da seca.

O tuiuiú é uma cegonha e tem como um dos comportamentos a migração. Ele vive nas margens de grandes rios e lagoas. Pode ser encontrado no Brasil, México, Paraguai e norte da Argentina.

No Pantanal Mato-grossense, o seu período de reprodução coincide com a baixa das águas, quando os peixes ficam presos nas lagoas, facilitando sua pesca.

O ninho do tuiuiú é o maior de todo o pantanal e fica localizado no topo das árvores mais altas. Ao final do período reprodutivo, o ninho fica tão sólido que é capaz de sustentar uma pessoa adulta.

O tuiuiú, assim como outros animais do Pantanal, tem o seu habitat ameaçado pelas agressões do homem. A expansão desordenada da agropecuária, as queimadas e o desmatamento são fatores que causam prejuízos à fauna e à flora nativas.

O Brasil é apontado em diversos estudos como o país com a maior biodiversidade do planeta, mas está também entre as três nações que mais desmatam o meio ambiente.

Para que a fauna silvestre não desapareça do planeta, é necessário que o comportamento humano mude e que políticas públicas sejam criadas e fiscalizadas. Valorize todos os nossos biomas, contribua para o equilíbrio dos ecossistemas.

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TEXTO

Leonora Sales e Williany BSouza

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